quarta-feira, 30 de abril de 2025

CENTRO DE RECUPERAÇÃO DE JOVENS INFRATORES NO CENTRO DE LAVRAS, REVOLTA MORADORES.

Instalado à Trav. saturnino de Pádua, ligada a rua Saturnino de Pádua, o tal centro de recuperação de jovens infratores, está gerando revolta entre todos os residentes no local. Estive no local hoje por acaso, pois estacionei meu carro ali na SATURNINO, afinal não se encontra mais vaga na cidade em lugar algum. Você anda, anda e não acha nada. Felizmente lembrei que ali naquele local geralmente tem vaga, mas foi por pouco que nem isso eu encontraria. 

Entretanto, havia um grupo próximo que pareciam agitados e discutiam alguma coisa. Naquele momento reconheci Daniel Abreu, advogado desta cidade, mas também meu primo. Como o reconheci fui lá para saber se precisava de alguma coisa. A partir dai tomei ciência dos fatos. As pessoas estavam indignadas, ali pessoalmente Daniel estava visivelmente incomodado. Alegava não ter mais sossego, além de que, a rua ficou tomada por veículos que ficam lá estacionados, já há algum tempo o dia todo e não há mais vagas. Esse é o menor dos problemas segundo eles. No entanto, isso também tem gerado discussões acaloradas e levado os moradores a tesões nervosas por causa desse centro de recuperação de infratores, que na opinião geral não deveria nunca estar ali em área residencial e em local tão apertado.  O fato é que a rua é estreita, para manobrar um veículo fica impossível com tantos estacionados em tempo integral. É preciso resolver o problema, pois isso tem tirado o sossego de quem mora ali há vários anos. É fato que obrigar os moradores a venderem suas casas para se verem livres dos indesejados, é algo bizarro. Não tem lógica.

Para todos que tomaram ciência dos fatos, após essa discussão de hoje, essa tal casa de recuperação deveria estar longe do centro, em um sítio talvez, uma chácara quem sabe, mas jamais aqui no centro da cidade. O que irritou os moradores é que ninguém os consultou antes de instala-la, foi descoberta a pouco tempo. Os problemas começaram quando as informações começaram a chegar e descobriram a tal finalidade. Com certeza os moradores não estão dispostos a conviver com isso. Exigem a retirada da casa de recuperação para outro local. 

O PROBLEMA DE QUEM DECIDIU ISSO, FOI NÃO FEITO CONSULTA ANTES.  Os pagadores de impostos que, aliás,  hoje pagam impostos e taxas demais, tem todo o direito de reclamar. Devem ser consultados antes de qualquer decisão que mexa com a vida deles. 

VEJAM O LOCAL EXATO DO CONFLITO.


 A localização está marcada com um circulo.

Segundo a Prefeita Jussara em comentário na publicação do Jornal de Lavras, ela não foi comunicada sobre isso. Ou seja, é tão invasivo quanto estão pensado que é. Absurdo, arbitrário e desrespeitoso aos cidadãos de Lavras. 

Estamos vivendo realmente uma ditadura das togas, onde quem deveria respeitar as leis e também zelar pelo bem comum não o faz. Antes zelam pelo bem estar dos meliantes, mas e aos cidadãos de bem? Eles rezam em por uma cartilha onde o que eles dizem, vale mais que os direitos de quem paga seus gordos salários. Mas afinal de quem partiu essa ordem absurda? 
Melhor ainda: Se olharmos por outro prisma, precisamos indagar o que leva um ex-prefeito a acreditar que pode decidir pelos seus eleitores, sobre a implantação de algo que não irão concordar nem em sonho? Não se sabe a quem se referiu a prefeita Jussara, mas de qualquer forma foi um tiro no pé, afinal, quem toma uma decisão dessas é uma pessoa tomada pelo autoritarismo. Deus nos livre de mais um maluco com poder...


Não sou totalmente afinado com a prefeita Jussara, mas devo admitir que cabe a ela resolver o impasse para o bem dos lavrenses.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

O Futuro das Ferrovias em Minas: Compartilhamento ou Monopólio?

    

A relicitação dos trechos ferroviários mineiros está em pauta, e mais do que nunca, é essencial garantir que essa concessão favoreça um modelo de operações compartilhadas. O risco de entregar toda a malha para uma única operadora pode resultar em um monopólio, beneficiando apenas uma empresa e um único tipo de escoamento, em detrimento das cidades que dependem da ferrovia para o desenvolvimento regional.

No Sul de Minas, o que desejamos é uma ferrovia que cumpra seu verdadeiro propósito: atender ao transporte de cargas e passageiros, beneficiando a economia local e promovendo a mobilidade sustentável. Afinal, desde Dom Pedro II e o Barão de Mauá, o sistema ferroviário foi concebido como um motor de progresso para o Brasil. O que vemos hoje, no entanto, é um cenário de abandono, sucateamento e falta de interesse político e econômico em preservar e fortalecer esse patrimônio.

Uma História de Abandono e Descaso

Ao longo dos anos, a malha ferroviária brasileira sofreu com a negligência do poder público e a exploração de empresas que, em muitos casos, enxergaram as ferrovias apenas como um meio de maximizar lucros privados. Com a falta de fiscalização e investimentos, assistimos ao saque e destruição de estações, vagões e locomotivas, que viraram sucata nas mãos de vândalos e usuários de drogas.

Infelizmente, os órgãos federativos responsáveis pela fiscalização operam sob normas burocráticas e ultrapassadas, além de sofrerem com a falta de pessoal e recursos. O resultado dessa ineficiência foi o colapso de quilômetros de ferrovias e o desaparecimento de um patrimônio que deveria estar impulsionando o desenvolvimento do país.



A Resistência das Entidades de Preservação

Diante desse cenário caótico, foram as entidades de preservação ferroviária que assumiram a difícil tarefa de proteger o que restou desse legado. Sem esses esforços, possivelmente não teríamos mais nada para contar história. Casos como o da antiga empresa MARDEL, em Lavras, ilustram bem essa destruição: após falir e ser adquirida por um banco, o local foi completamente depredado, restando apenas paredes.

Se o governo não agir, o mesmo destino pode esperar diversas outras ferrovias abandonadas pelo Brasil.

Um Novo Modelo de Concessão é Necessário

O Ministério dos Transportes tem a oportunidade de mudar essa realidade. O novo modelo de concessão ferroviária, já aprovado em projeto de lei, permite o compartilhamento da via permanente – uma alternativa essencial para garantir o uso eficiente da malha ferroviária. Precisamos de um sistema que beneficie a coletividade, permitindo que diversas operadoras utilizem a ferrovia para diferentes tipos de transporte.

A ferrovia precisa voltar a ser um eixo de desenvolvimento e não um feudo de grandes corporações. Nossa luta é para que essa relicitação seja justa e voltada para o crescimento do país, e não apenas para o lucro de poucos. O Brasil precisa recuperar sua malha ferroviária e garantir que ela seja utilizada de forma ampla e democrática.

Que essa nova era das ferrovias em Minas Gerais seja marcada pelo progresso, pela inclusão e pelo compromisso com o transporte sustentável!

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